A rápida disseminação do Zika vírus pode ser um fator que justamente reduza a duração desse surto, pelo menos é o que acreditam os cientistas do Imperial College de Londres, que publicaram um estudo essa quinta-feira na revista científica Science.
De acordo com os estudiosos, o surto atual que está ocorrendo na América Latina deve durar mais dois ou três anos, até que as populações da região desenvolvam a chamada "imunidade de rebanho", fenômeno em que uma alta porcentagem da população desenvolve uma proteção natural contra um vírus e isso impede sua maior disseminação. Ou seja, mesmo que não pegou o vírus acaba tendo menos chances de entrar em contato com ele.
Com isso, a doença deixaria de ser transmitida por aproximadamente uma década, e depois só ocorreriam surtos menores e intermitentes. Isso ocorre porque a nova geração não terá tido contato com o vírus, e então a imunidade de rebanho diminuirá. Uma solução para evitar esse retorno seria justamente a criação de vacinas que tragam uma imunidade maior às pessoas.
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Para chegar a estas conclusões os estudiosos usaram informações de transmissão e ciclo da doença obtidas no início do surto, dentro de um modelo matemático. No entanto, eles ressaltam que o vírus é imprevisível e sua disseminação é afetada também por mudanças climáticas, como o El Niño.
Com informações da agência Reuters e do jornal Folha de S.Paulo